Os painéis elétricos são o cérebro de qualquer sistema de automação industrial. Eles controlam, distribuem e protegem o fluxo de energia que alimenta cada equipamento da planta. Por isso, um projeto mal especificado pode colocar toda a operação em risco. Além de aumentar custos de manutenção, ele pode gerar falhas graves, perdas de produtividade e até acidentes. Portanto, compreender os erros mais comuns na escolha e especificação dos painéis elétricos é tão importante para garantir segurança, eficiência e conformidade com normas técnicas como NR10 e NR12.
1. Ignorar o ambiente de instalação
Um dos erros mais recorrentes na especificação de painéis elétricos é não considerar o ambiente de instalação. Em locais com alta umidade, poeira, vibração ou gases corrosivos, por exemplo, o painel precisa atender a um grau de proteção específico, como IP65 ou IP67.
Além disso, ambientes classificados, com risco de explosão, exigem certificações ATEX e NBR IEC 60079. Sem essas proteções, há risco de curto-circuitos, superaquecimento ou falhas de isolamento.
Assim, antes de definir o modelo, é indispensável avaliar cuidadosamente fatores como temperatura ambiente, ventilação natural, tipo de contaminante e frequência de operação. Essa análise evita retrabalho e garante a durabilidade do sistema.
2. Escolher componentes inadequados
Outro erro comum está na seleção incorreta dos componentes internos do painel, como disjuntores, contatores, barramentos e relés. Peças subdimensionadas, incompatíveis entre si ou de baixa qualidade comprometem o desempenho elétrico, causam sobrecarga e reduzem a vida útil do equipamento.
Além disso, é importante lembrar que a coordenação de proteção entre os dispositivos é o que define a sequência de atuação em caso de falha. Sem ela, um pequeno problema pode gerar a interrupção completa da linha de produção. Portanto, o uso de componentes adequadamente dimensionados e certificados é indispensável para o bom funcionamento do sistema.
3. Não prever expansões futuras
Um bom projeto de painel elétrico industrial deve sempre prever o crescimento da planta. Isso significa dimensionar espaço físico e capacidade elétrica suficiente para futuras expansões.
Com frequência, empresas acabam refazendo o painel poucos anos depois porque o projeto original não contemplou novas cargas, inversores ou dispositivos de comunicação.
Ao planejar com visão de longo prazo, o investimento inicial se torna mais eficiente. Além disso, o painel pode ser facilmente integrado a novas tecnologias, algo essencial para quem pretende evoluir rumo à Indústria 4.0.
4. Ignorar normas e certificações
As normas NR10 e NR12 são obrigatórias e determinam critérios claros para a segurança de sistemas elétricos e máquinas industriais. Ignorá-las pode gerar autuações, interdições e riscos graves para a equipe técnica.
Além disso, há normas complementares como NBR IEC 60439-1 e NBR IEC 61439, que tratam da montagem, ensaio e projeto de painéis de baixa tensão.
Além de evitar penalidades, cumprir essas diretrizes também assegura que o painel opere com máxima confiabilidade mesmo sob condições adversas. Em resumo, seguir normas é sinônimo de proteger pessoas, equipamentos e a própria continuidade operacional.
5. Esquecer da ventilação e do controle térmico
O controle térmico é um dos fatores mais negligenciados – e um dos mais críticos. Sem ventilação adequada, a temperatura interna dos painéis pode subir acima do limite operacional dos componentes, causando falhas, desconexões e até incêndios.
Portanto, é fundamental prever ventiladores, trocadores de calor ou até sistemas de refrigeração específicos, conforme o ambiente. Além disso, sensores de temperatura e alarmes integrados ajudam a detectar anomalias precocemente, permitindo ações preventivas. Assim, o controle térmico não é um custo extra, e sim um investimento em confiabilidade.
6. Falta de intertravamentos e segurança operacional
Em muitos casos, a ausência de intertravamentos elétricos e mecânicos compromete a segurança e o desempenho da planta. Sem esses mecanismos, há risco de motores ou válvulas operarem simultaneamente, gerando embuchamentos, sobrecargas ou colisões mecânicas.
Painéis bem projetados contam com intertravamentos inteligentes que impedem ações incorretas e garantem que o processo siga apenas as condições seguras de operação. Esse tipo de automação é essencial para prevenir acidentes e preservar equipamentos.
7. Não integrar o painel à automação da planta
Outro erro recorrente é tratar o painel elétrico como um sistema isolado. No entanto, integrá-lo à automação da planta, por meio de CLPs, IHMs ou sistemas SCADA, é o que permite monitorar parâmetros críticos em tempo real, gerar diagnósticos preditivos e atuar preventivamente.
Essa conectividade, além de melhorar a eficiência energética, oferece rastreabilidade completa dos dados e conformidade com os padrões da Indústria 4.0. Dessa maneira, o painel assume um papel além do controle operacional, consolidando-se como um ativo estratégico na gestão integrada da produção.
8. Falta de equipe técnica especializada
Mesmo com equipamentos modernos e componentes certificados, um painel pode falhar se o projeto, a montagem e o comissionamento forem feitos sem o suporte de uma equipe qualificada.
A experiência prática e o conhecimento das normas de automação e segurança elétrica são diferenciais que evitam falhas e asseguram resultados duradouros.
Por isso, empresas que buscam confiabilidade devem contar com um corpo técnico especializado. Aqui na Santec, por exemplo, desenvolvemos projetos personalizados de painéis elétricos, integrando engenharia, montagem e comissionamento em conformidade com as normas NR10 e NR12.
Além disso, oferecemos soluções completas para exaustão, despoeiramento, transporte pneumático e supervisão industrial, conectando todos os sistemas de forma inteligente e segura.
Evite riscos com automação e engenharia de precisão
Basicamente, além de representar um gargalo técnico, um painel elétrico mal especificado pode também ser um risco para toda a operação. Por outro lado, quando projetado com base em normas, integração e análise técnica, ele se torna o coração da produtividade e da segurança.
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